sexta-feira, 2 de novembro de 2018

DA INVOCAÇÃO DE MARIA

Resultado de imagem para nossa senhora

Maria - Filho meu, invoca-me sempre nas situações difíceis em que te achares. Chama-me, que irei depressa em teu socorro. Seja o que for o que desejes, desde que não seja contrário à glória de Deus, nem à tua salvação, sempre disposta estarei para te ouvir.

Jamais, porém, me peças algo sem o desejo de que se cumpram inteiramente a vontade divina.

Algum fruto há de vir de uma oração feita assim.

Há cristãos que me pedem obter para eles o que sabem não estar conforme a vontade de Deus. Que poderão esperar? Outros só pensam invocar-me quando se trata dos bens terrenos. Para os do céu, os bens eternos, eles se mostram criminosamente indiferentes.

Que poderão esperar? Se por eles eu rogo, não é para obter o que muitas vezes me pedem e talvez nocivo lhes fosse, senão o que eu sei que só lhes poderá ser útil, ainda quando aquilo que eu peço eles nem cuidem em me suplicar. Eu peço a Deus provações para os cristãos, a fim de os desprender da terra, elevando-lhes os corações para o céu. Eu peço a Deus graças de salvação e conversão para todos os homens, além de graças que enriqueçam os tesouros que estão na terra, graças de virtudes e méritos.

Eis aí o que é necessário pedir antes de qualquer coisa. Orações feitas assim, de pronto as escuto favoravelmente. Não peço bens temporais para os que me invocam, senão quando neles eu vejo sólida vantagem para quem os suplica.

O ganho de uma causa, uma abundante colheita, quanta coisa assim funesta seria dada por mim a quem me invoca "sem saber o que me pede"?! Quando se está na prosperidade, não se cuida da eternidade.

Muitos doentes me rogam para que obtenha a cura dos males que sofrem, para os quais entretanto eu peço a Deus todas as graças, a fim de que venham no tempo da doença.

Não sou como essas mães cuja ternura é muita para os filhos, mas é cega, pelo que não podem compreender o mal que fazem aos filhos na ilusão de que fazem o bem. A minha ternura por ti, meu filho, não me poderá iludir.

Só por ti intercedo junto a Deus a fim de obter o que te é mais útil neste mundo e no outro.

Nesta persuasão, recorre confiante à minha proteção. recorre em todas as tuas penas, quaisquer que sejam elas.

E por isso que tão frequentes são essas penas, seja o meu Nome, após o de Jesus, constante nos teus lábios. Seja o meu Nome, após o de Jesus, gravado sempre no teu coração!

Resultado de imagem para mulher rezando a virgem maria

O servo -  Nome sagrado o vosso! Ó amável Mãe de Deus! Quanto mais o pronunciamos com confiança, tanto mais vantagens logramos no pronunciar esse Nome!

Feliz o que o lembre com amor muitas vezes! O que o saúda com devoção! O que o reverencia com sinceridade! O que o invoca com frequência! Ai! Feliz, sim é essa alma! "Acima de qualquer outro Nome", após o de Jesus, nenhum mais venerável nem mais doce nem mais querido para os corações de todos os fiéis!

À invocação desse Nome, sente-se o pecador cheio de esperança na misericórdia, o justo obtém maios caridade, o que é tentado, a vitória sobre as suas paixões, o que é afligido, a presença e a consolação.


Ai! O Nome de Maria será depois do de Jesus o recurso nas minhas aflições, o conselho nas minhas dúvidas, a força nos meus combates, o guia de todos os meus passos. "Bendito o Nome de Maria Virgem e Mãe"!



***
Maria Sempre!
***

FONTE: Religioso Anônimo. Imitação de Maria. Cultor de livros, 2014. Pg. 364-367.
_________________________________________________________________________________
Sobre a obra: Imitação de Maria foi escrita por um Cônego Premonstratense da Abadia de Marchtal, na Baviera. O manuscrito, do qual não consta o nome do autor, foi encontrado pelo Cônego Sebastião Sailer, da mesma Abadia, e publicado em 1764. A segunda edição latina apareceu em 1768. Nela declara o Cônego Sailer que juntou várias adições ou ampliações à primeira edição de 1764. Igualmente promete publicar a tradução alemã do livrinho, o que fez em 1769. Novas edições datam de 1772 e de 1787. 
Outra tradução da edição de 1764 apareceu em Colônia em 1773. Uma terceira tradução foi feita por Michael Schullere e publicada por Fred. Pustet em 1876 e em 1881. A tradução francesa apareceu em 1876, a espanhola em 1885, a flamenga em 1896. Nos Estados Unidos foi publicada uma tradução inglesa nos Annals of St. Joseph. No Brasil, a 1ª edição saiu a lume em 1934 e a 3ª, em 1949. 
O título original é: "Kempensis Marianus sive Libellus de Imitatione Mariae Virginis et Matris Dei". 
Cônego Guilherme  Adriaansen, O. Prem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário