sexta-feira, 26 de abril de 2019

POR QUE DEUS NÃO ME ATENDE?


Quando Deus não nos atende é sempre para nosso maior bem

Muitas vezes pedimos a Deus que nos livre de alguma tentação perigosa e Deus não nos atende e permite que a tentação continue. Nesse caso, devemos entender que Deus assim permite para nosso maior bem. Não são as tentações e maus pensamentos que nos afastam de Deus, mas, sim o consentimento dado. Quando a alma tentada se recomenda a Deus e, com o seu auxílio, resiste aos ataques de seus inimigos, progride na virtude e une-se mais estreitamente a Ele. Esta é a razão porque o Senhor deixa de atendê-la. São Paulo pedia insistentemente ao Senhor que o livrasse das tentações impuras: "Permitiu Deus que sentisse em minha carne um estímulo, que é o anjo de Satanás, para me esbofetear; por cuja causa roguei ao Senhor três vezes, que o afastasse de mim" (2Cor 12, 7). Mas o Senhor respondeu: "Basta-te a minha graça".

Devemos, pois, nas tentações pedir a Deus com resignação, dizendo: Senhor, livrai-me deste tormento, se assim for conveniente para minha salvação; senão, dai-ne ao menos o auxílio para resistir-lhe.

Devemos lembrar aqui o que diz São Bernardo, que, quando pedimos a Deus alguma graça, Ele nos dá a graça pedida ou outra melhor. Deus muitas vezes nos deixa sofrer no meio da tempestade, a fim de provar a nossa fidelidade e para o nosso maior proveito. Parece, então, surdo às nossas orações. Não! Estejamos seguros de que Deus nos ouve e nos ajuda ocultamente, dando-nos forças para resistirmos aos assaltos dos inimigos. Isto Ele nos assegura por boca do Salmista: "Na tribulação me invocaste e te livrei: eu te ouvi no escondido da tempestade; provei-te junto à água da contradição" (Sl 80, 8).

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Maria Sempre!
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FONTE: LIGÓRIO, Santo Afonso Maria deA oração. Editora Santuário, 20ª ed., 1992, p. 62-63.
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Sobre a obra: "Quem reza se salva, quem não reza se condena". Partindo desta afirmativa Santo Afonso escreveu este livro e apresentou-o como o grande meio da oração para conseguir a salvação eterna e todas as graças que queremos de Deus. Nele aprendemos a necessidade, o valor e as condições da oração. Está entre os melhores que já foram publicados sobre a oração.

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