sábado, 10 de agosto de 2019

O PAI - A SUA IMPORTÂNCIA E OS SEUS DEVERES

Caríssimas, enquanto esposas e mães, devemos estar sempre atentas à educação e a hierarquia a ser seguida em nossa família. Pensando nisso, excepcionalmente neste dia dos pais, postamos uma reflexão acerca da responsabilidade dos pais na educação dos filhos. Que possamos meditar com nossos esposos e que São José rogue a Deus por eles!


Se, em nossos dias, há um espetáculo que entristeça profundamente os que se importam com a virtude e o bem, com o futuro da religião e do país, é o espetáculo da decadência da autoridade paterna. Têm-se atacado a autoridade e os direitos de Deus, a paternidade divina; têm-se exaltado os direitos do homem, o direito dos filhos, nos escritos, nos discursos, nas leis, de todos os modos. Um sopro forte de independência passou sobre as novas gerações. A autoridade paterna tem sido profundamente abalada nos costumes e nas leis, minada pela base, descoroada, desarmada! Os mais ilustres pensadores disseram-no, e soltaram o brado de alarma.

Os filhos já não querem obedecer: querem mandar antes do tempo; elevam-se acima dos pais, e acham-se superiores em tudo. Acabou-se a autoridade, acabou-se o respeito, acabou-se a submissão, acabou-se a família. É o individualismo excessivo; é a sociedade que se pulveriza.

Quem nos tornará a dar homens? Quem tornará a fazer cristãos, para que a sociedade se erga? São as famílias cristãs, os lares cristãos, os únicos capazes de fazerem reflorescer ainda a autoridade, o respeito, a obediência.

São os guardas do lar, os chefes de família; são os pais!

Disseram bem: “Os filhos são a colheita dos pais.” Se já não temos homens, ou pelo menos se não temos bastantes; se a colheita é demasiadamente rara, se os celeiros da França estão vazios, é porque nos faltam pais, pais cristãos.

E eis porque, na tormenta que nos agita, todos os que, pensando no futuro não se querem desanimar, todos os que guardam no coração uma confiança invencível e esperanças imortais, se voltam para os pais, e lhes rogam que se conheçam a si mesmos, para compreenderem a grandeza de seus deveres e a sua influência soberana, e para lhes dizerem: “É de vós, ó chefes de família, ó representantes de Deus, ó dispensadores da vida, ó guardas da infância, é de vós, ó pais cristãos que dependem neste mundo, os bens e os males, a virtude e o vício, a grandeza e a decadência, a vida e a morte da família e da sociedade, dos indivíduos e do Estado, da Igreja e da França!"

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Maria Sempre! 
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FONTE : GIBERGES, Padre Emmanuel de. O marido, o pai, o apóstolo, Editora Escravas de Maria, 2013.

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Sobre a obra: Este livrinho nasceu de uma inspiração essencialmente apostólica. Há quatro anos, durante uma missão dada em São Philippe de Roule, pelos Missionários Diocesanos de Paris, que o Senhor Vigário pedia a um deles que pregasse um retiro especial para os homens de posição social.(...) O número dos convertidos, dos que se aproximaram de Deus, após longos anos de afastamento; a afluência notável dos homens à mesa sagrada, no último dia, provaram bem que o fim havia sido alcançado. De diversos lados, homens de importância pediram-nos que publicássemos algumas destas instruções, para gravarem no coração daqueles que as tinham ouvido, as verdades que lhes haviam feito bem, e também para serem levadas à inteligência e ao coração daqueles que não tinham podido ouvi-las. Cedendo a essas insistências reiteradas, pusemo-nos à obra e escrevemos as páginas que se seguem, deixando às verdades que encerram, o seu caráter e feição de ensinamento oral e de palavra apostólica, cujo único fim é fazer bem aqueles que as lerem, tornando-os melhores.


Padre Emmanuel de Gibergues

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