O Rev. Padre Quadrupani em seu livro Direção para viver cristãmente, nos traz uma regra de vida, que abrange todos os deveres do homem para com Deus, para com seus semelhantes e para consigo mesmo. Hoje abordaremos desta sua obra, as principais regras a respeito do vestir.
DO VESTIR
DO VESTIR
1 - Podem-se estabelecer a este respeito quatro regras principais:
1. O vestuário deve ser proporcionado ao nascimento hierárquico de cada um;
2. aos seus meios;
3. a idade em que cada um se acha;
4. ao estado de viúvo, casado ou solteiro. Assim, Santo Agostinho repreendeu uma mulher casada, que queria vestir-se de preto como se fosse uma religiosa.
2 - Os vestidos servem não só para indicar a condição da pessoa que os traz, como para observar a decência, e proteger-nos contra os rigores das estações. Seria pois um grande mal violar o pudor, com os mesmos meios que servem para o proteger; e seria grande culpa sofrer frio, que pode ser nocivo à saude, seguindo as modas caprichosas e levianas, ou antes loucas e ridicularmente extravagantes, que jarnais se poderão conciliar nem com a fé do cristão, nem com a razão do homem.
3 - O piedoso Thomas More, falando numa ocasião a uma jovem senhora que expunha a sua saúde aos rigores do frio, com o único fim de se distinguir pela elegância de seus vestidos, dizia-lhe: Deus será injusto para conosco, se vos não condenar ao inferno, vendo-vos tão corajosa e intrépida em sofrer tantos incômodos só para agradar ao demônio e aos seus sectários.
4 - Há mártires da fé; também há mártires da vaidade. Desejamos sofrer? Que o sofrimento seja coordenado à glória de Deus e salvação nossa, e não à perdição de nossas almas.
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Maria Sempre!
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FONTE : QUADRUPANI, Rev. Padre. Direção para viver cristãmente, Editora Salesiana. São Paulo, 1905. Pg. 110-111.
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Sobre a obra: As ações já boas de si mesmas, diz Santo Agostinho, tornam-se tanto mais virtuosas e dignas de elogio, quanto melhor forem coordenadas; porque sem ordem não há virtude. É por isso que vos apresentamos uma regra de vida, que abrange todos os deveres do homem para com Deus, para com seus semelhantes e para consigo mesmo. Lembrai-vos, porém, de que estas regras de proceder, dispostas para vossa direção, não obrigam sob pena do pecado, nem ainda venial; vede nelas uma direção e não um preceito. As cadeias são para os escravos, e não para os filhos de Deus; estes não conhecem outras prisões que as do amor e da Vontade Divina. Não é pelo temor dos castigos, mas pelo seu amor, que um filho afetuoso e reconhecido atrai as complacências de seu bom pai.
Rev . Padre Quadrupani
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